Google Google+ Mimalhices Diárias: Fabrizio Corona

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Fabrizio Corona

Mas quem é este rapazito tão jeitoso preso quase a porta de minha casa e que era presseguido pela interpol? Esta história quase que dava um filme.. Um paparazzo que se tornou ele mesmo uma celebridade e que segundo ele nunca tirou uma única foto. Fui procurar um pouco mais sobre este rapazito que me chamou a atenção nos telejornais e que .. segundo várias fontes, está muito bem informado sobre a justiça portuguesa.
Fabrizio Corona
Fabrizio Maria Corona, 38 anos, é uma personalidade bem conhecida dos italianos. Filho do jornalista Vittorio Corona, que nas décadas de 1980 e 1990 criou as revistas masculinas ‘King’ e ‘Moda’, foi um típico rapaz da alta burguesia milanesa. 
“Dizem que era um menino educado e tímido”, diz à SÁBADO o repórter italiano Alessandro Penna. Depois de um estágio numa agência de fotografia, começou a trabalhar como jornalista no canal do Inter de Milão. Podia ter ficado por aí. Mas no fim dos anos 90 conheceu Lele Mora, um poderoso agente televisivo. 
Através de Lele Mora, Fabrizio Corona passou a ter acesso a informações sobre vícios, relações e hábitos dos famosos italianos alimentados pela cultura televisiva do grupo de Silvio Berlusconi. 
“Ele organizou uma agência fotográfica que sabia tudo sobre essas personagens graças a uma enorme rede de informadores e, suspeita-se, às informações do próprio Lele Mora”, diz Alessandro Penna. “Ganhou milhões de euros. Chamam-lhe paparazzo, mas nunca tirou uma fotografia”, garante. 


Entretanto, Fabrizio Corona tornou-se ele próprio uma celebridade. Em 2002 casou-se com a modelo croata Nina Moric. Fotografias dos dois começaram a surgir nas revistas e nos sites de celebridades. Tiveram um filho, Carlos, mas a relação não durou. Separaram-se em 2007 – e Corona também lucrou com isso. “Chegou a filmar às escondidas a audiência de separação da Nina Moric e a vendê-la”, conta Alessandro Penna, que é reportar da revista ‘Oggi’. 

No mesmo ano, foi preso pela primeira vez no chamado processo Vallettopoli, por extorsão, na maioria dos casos a jogadores como Adriano e Francesco Totti. O tribunal de Milão acusou-o de fazer ameaças ao estilo da máfia. Fabrizio Corona garantia que apenas dava a oportunidade aos seus alvos de comprarem as imagens ao mesmo preço das revistas. E houve vários jogadores que testemunharam a seu favor, dizendo que lhes vendera as fotografias por amizade para não saírem nos jornais. 


Uma das imagens mostraria o então capitão da selecção italiana a entrar em casa da apresentadora Flavia Vento. O futebolista terá pago 50 mil euros para impedir a publicação da imagem porque a mulher estava grávida. Mas o caso que teve mais impacto terá ocorrido em 2005: Corona terá ameaçado vender uma entrevista com Patrizia, um transexual que estaria com Lapo Elkann, um dos netos da Fiat, quando este teve uma overdose e estava na altura a recuperar num hospital. Terá pedido 200 mil euros. O representante do neto de Gianni Agnelli recusou. 

O escândalo atingiu até a filha de Silvio Berlusconi. Barbara, de 22 anos, disse que pagou 20 mil euros por uma série de fotografias que a mostravam a sair de um clube de Milão, aparentemente alcoolizada e numa situação comprometedora com um homem que não era o seu namorado. No caso de David Trezeguet, o futebolista aparecia numa fotografia a sair de uma discoteca com uma mulher. 
“Ela era uma amiga que conheço há muito tempo e era normal entrar no carro comigo”, disse o jogador. “Levei-a a casa e depois fui para o hotel. As fotos não eram nada. Mas talvez conseguissem construir uma história à volta disso.

Fabrizio Corona
Fabrizio Corona esteve preso na cadeia de Potenza, no Sul de Itália, e depois em San Vittore, em Milão. “Aí corrompeu um agente com 4 mil euros para ter uma máquina fotográfica. Depois vendeu as suas fotografias na prisão por 20 mil euros”, conta Alessandro Penna. Era uma estrela cada vez maior.

Quando conseguiu voltar a casa em prisão domiciliária, tinha grupos de fãs à espera. “Da varanda atirava boxers com a etiqueta Corona’s e lá em baixo eles apanhavam-nos”, lembra o jornalista da ‘Oggi’. 
Depois de lançar um livro sobre a sua prisão, entrou no documentário ‘Videocracy’. Grande parte do filme acompanha-o enquanto persegue celebridades. Abriu uma nova agência fotográfica chamada Fenice, mas o principal alvo dos seus fotógrafos passou a ser ele próprio. 
“Namorava com a argentina Belén Rodríguez, que era de longe a mulher mais desejada de Itália”, diz Alessandro Penna. Imagens dos dois na praia, à noite em discussões e com o filho de Fabrizio Corona eram vendidas pela sua agência. Os dois separaram-se em 2012. 
Na sexta-feira, dia 18 de Janeiro, assim que o juiz de Milão leu o acórdão que condenou Fabrizio Corona a cinco anos de cadeia, a polícia italiana começou imediatamente a procurá-lo. O pedido de cooperação internacional chegou a Lisboa na terça-feira seguinte. E não foi muito difícil à Polícia Judiciária encontrá-lo. “Localizámo-lo na zona de Cascais, mas não o detivemos logo porque as autoridades italianas ainda não tinham cumprido todos os formalismos”, diz à SÁBADO fonte da Polícia Judiciária.
Fabrizio Corona
Nesse mesmo dia o fotógrafo contactou o piloto luso-brasileiro Lorenzo Carvalho, que viveu em Milão entre 2003 e Agosto de 2012, data em que se mudou para Portugal. Numa entrevista publicada no site da revista italiana ‘Novella 2000’, Lorenzo Carvalho, que corre pela Ferrari em GT3, contou que Fabrizio Corona queria cumprir a pena em Portugal e que se entregou pelo filho Carlos, a mãe, Gabriela, e os irmãos.


Fonte: Sábado


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